A comunidade cristã primitiva nasceu, cresceu e amadureceu em um contexto caracteristicamente ímpar. Em seu primeiro alvorecer, viveu entre “sombras” e “luzes”; martírio e fé. Com entusiasmo e paixão, resistia, perseverando dia a dia na experiência concreta do Evangelho. Em sua caminhada madura, frente às adversidades do momento, respondia aos apelos de Deus ecoando na história humana. Quanto mais comprometida com o Mestre, maior consciência de sua missão no mundo. Em sua dinâmica natural, os cristãos tiveram de encarar de frente conflitos internos. Nessa perspectiva, este livro compreende uma análise apurada de aspectos inerentes a «dois modelos eclesiológicos”. Trata-se de uma abordagem consistente, com elementos bíblico-teológicos, cristológicos, eclesiológico-pastorais e históricos.
Com base em Gálatas (2,1–10) e Atos dos Apóstolos (15,1–35), o autor nos apresenta o «cenário» das comunidades cristãs nascentes. Essas viveram, inicialmente, sob um clima de calorosas tensões entre suas lideranças e seus membros judaizantes e os de origem pagã. Por um lado, as perseguições afugentavam a atuação da Igreja; por outro lado, duas vertentes teológicas duelavam internamente, isto é, o conflito entre a «igreja da circuncisão», na figura de Tiago (irmão do Senhor), e a «igreja da fé", na pessoa de Paulo. Ao percorrer as páginas desta obra, o leitor encontrará respostas sólidas para suas interrogações. Beberá da mesma fonte de fé e de vida comunitária dos primeiros cristãos.
