Luiz Vivacqua é sociólogo, mas trabalha em uma agência de publicidade dirigindo filmes dos mais diversos produtos cotidianos. Certa madrugada, transtornado pela substituição de seu colega de trabalho na agência, bem como pelas condições de sua vida pessoal — casamento iminente, frustração como criador de propagandas e pouca credibilidade em seu ofício –, ele passa a proferir um longo monólogo em torno da crise sobre seus próximos passos. Regado a álcool e cocaína, faz diversos telefonemas para seus conhecidos e suas ex-amantes, tenta se conectar com outras pessoas via radioamador, grita da janela, canta e se debate com questões do contexto político-econômico brasileiro da época e com suas escolhas pequeno-burguesas.
Escrita em 1970, “Corpo a corpo” traz à cena as vicissitudes daquele momento da história brasileira, e lança luz sobre um homem dividido entre a solidariedade e a ambição, a liberdade e a monogamia, e a escolha de seu próprio país ou a vida fora dele.