Como a imagem, o corpo e arte de cantoras dissidentes sexuais e de gênero influenciam sua visibilidade pública possível? Este livro explora como as produções musicais brasileiras de artistas transviadas, do período entre os anos de 2015 e 2021, navegam nos ou desafiam os regimes de visibilidade dominantes. Analisando os elementos sensíveis que constituem essas artes, a pesquisa demonstra como a organização estética da realidade pode autorizar ou negar a qualidade artística e o interesse público, submetendo essas produções a uma matriz de inteligibilidade que, a despeito de qualquer benefício, perpetua normas cis-heteronormativas. Aqui, estão sob crítica as formas de fazer ver e o ouvir que moldam o reconhecimento e a valorização de artistas que, em suas artes, desafiam padrões de gênero e sexualidade.
