«A sinceridade é um defeito essencial». Para Hugo Sanches, excêntrico professor universitário de filosofia e personagem central da obra, ser sincero é requisito mínimo para se colocar no mundo de maneira consciente e ativa. Supervalorizando a sinceridade, Hugo, toma por objetivo colocar o “ser sincero” antes de tudo em suas relações pessoais. Disposto a investigar a maneira sincera de se sobrepor no mundo, o personagem chega a situações absurdas e irreversíveis, porém isso não se torna impedimento para que ele continue cada vez afundando-se mais em sua tragédia.
A narrativa que traz à tona a filosofia de Arthur Schopenhauer, Friedrich Nietzsche, Erasmo de Roterdã e diversos outros conceitos filosóficos clássicos, ao mesmo tempo que desvenda os medos e anseios do protagonista, convida o leitor a uma viagem interior na busca de respostas sobre amor, morte, ética, moral, etc.
“A Sinceridade Como Causa e Efeito” é um singular tratado filosófico que se utiliza da linguagem literal para firmar um pensamento instigante. Considerando as diversas possibilidades e formas sobre como pensar, agir e ser, o autor busca compor com elementos de fácil interpretação que soem universalizantes e intrigantes. Sorrindo, filosofando e as vezes mentindo, Hugo Sanches não promete nada além de sinceras decepções.