As características da escravidão no século XIX foram então: tráfico negreiro na ilegalidade após 1830 e transferência da mão de obra escrava das regiões em depressão econômica do norte e do nordeste para os novos centros de desenvolvimento do centro e do sul. O tráfico interno que teve início no século XVIII era conjuntural. Na realidade, durante os três séculos de desenvolvimento do Brasil baseado no trabalho escravo, o tráfico, o tráfico atlântico e o tráfico interno produziram as mesmas práticas e os mesmos usos. Os mercadores de escravos rapidamente se adaptaram. Os métodos eficazes considerados os mais rentáveis deviam transformar os cativos em escravos ou o lavrador em garimpeiro. Desembarcado, engordado e depois vendido, esse era o destino do homem negro, quem fosse ele e de onde viesse.