Será que o marxismo ainda tem alguma coisa a falar sobre educação neste início do século XXI?
Essa é uma pergunta que muita gente colocará ao ler este livro. Para uns a pergunta decorre da consideração de que o marxismo é uma concepção. Para outros, como se criou um consenso de que Marx e Engels não elaboraram uma teoria educacional ou pedagógica, não houve e não há contribuição expressiva do marxismo à educação. Mas há outros ainda que saem em defesa do legado de Marx e Engels como uma perspectiva revolucionária que possibilita a transformação da sociedade, que se mantém válida mesmo depois da derrocada do socialismo real e, enfim, que auxilia na compreensão da própria educação, que, propondo a superação da dicotomia entre trabalho manual e trabalho intelectual, entre pensar e fazer, entre teoria e prática, faz a defesa intransigente de uma formação integral, politécnica, centrada nos conteúdos e que está «para além do capital».