Prefácio Já assistiu algum filme, novela ou teatro com temática de realismo-fantástico? Conseguiu relacionar os fatos surreais com os realistas? Pois assim, nesse meu sexto livro autoral, trago várias misturas como surrealismo, ou seja, coisas que fogem do natural e do dia a dia; e coisas mais palpáveis como família, romance, escola, obediência às leis e etc. Nessa realidade-fantástica, encontramos um casal aparentemente comum que tem sua primeira filha, que já dentro do ventre de sua mãe começa a mostrar a que veio. O nome desse bebê é Clave, que em latim significa chave. Clave percebe que é mais poderosa do que realmente sabia ao fazer prodígios e ser usada para ajudar em casa e na escola de forma descomunal. Ela, então, conhece um colega de escola de nome Pedro, um rapaz simpático, mas de tendências duvidosas, que inclusive a motiva para praticarem crimes. Durante a estória, há autodescobertas, com epifanias dos dois personagens, que mudam drasticamente os seus caminhos, descaracterizando-os e ressignificando-os. Ambos têm contatos com deuses e mundos espirituais. Os personagens principais se conhecem numa escola. Ambos descobrem que o destino os atraiu com objetivos ímpares e que se convergiam para um clímax de proporções metafísicas que significaria vida, morte, salvação, restabelecimento e o verdadeiro encontro consigo mesmos através de dores, sofrimentos e a possiblidade de sobreviver, de reconstrução de si mesmo, e até mesmo de destruição do planeta. O roteiro do livro é permeado de personagens míticos e místicos, oriundos da mitologia e do misticismo, que no entanto e em nenhum momento, pondera a realidade; mas, salienta o lado lúdico da crença humana, que busca sempre materializar seu vazio existencial em figuras surreais e dando mais sentido à vida. Ademais, embora alguns personagens existam na ciência da mitologia, o livro não assevera, nem explica, nem conceitua, ou perpetua as filosofias intrínsecas a eles. Apenas, traz uma linda estória plausível e palpável de se ler e refletir na auto existência e autodescoberta humanas. Portanto, leia e deguste sem se ater na construção dos personagens que são inspirados em personagens já existentes na mitologia, o que é de total interpretação do autor deste livro, sem a pretensão de impor novos conceitos filosóficos ou mitológicos; ressaltando que os personagens têm essa ambiguidade de pertencer a dois mundos. Uma boa leitura para os amantes da leitura. Do autor