Um dos maiores romances franceses do século XIX e a mais célebre história de amor por uma cortesã ganha nova tradução e edição em formato de bolso.
Armand Duval é um jovem estudante de Direito na Paris de meados do século XIX. Jovem recatado, vindo de uma respeitável família burguesa interiorana, apaixona-se por Marguerite Gautier, nada mais nada menos que a mais cobiçada cortesã dos salões e teatros parisienses. Marguerite — vendida, corrompida, perdulária, amante de vários homens — corresponde ao amor do jovem, que provoca uma reviravolta na vida da jovem prostituta. Mas o futuro dos dois amantes enfrenta os mais rígidos obstáculos.
Escrito pelo francês Alexandre Dumas filho a partir da sua experiência autobiográfica com a cortesã Marie Duplessis, A dama das camélias é uma das mais célebres narrativas longas do século XIX — o próprio século de ouro do romance europeu. No livro, lançado em 1848 com enorme sucesso, assim como em toda a sua obra, Alexandre Dumas filho — filho bastardo do autor de O conde de Monte Cristo, Os três mosqueteiros — faz um ajuste de contas com a sociedade que o humilhara. A dama das camélias foi adaptado para o cinema e teatro inúmeras vezes, entre as quais na ópera La Traviata, de Giuseppe Verdi. A engenhosidade da estrutura, a limpidez e beleza do estilo, a honestidade no tratamento de uma das mais antigas facetas da sociedade humana — a prostituição — e a pungência com que desvenda as hipocrisias humanas fazem-na a obra-prima de Alexandre Dumas filho, que ainda hoje se lê de um fôlego só.
Alexandre Dumas filho nasceu em Paris, em 1824, filho ilegítimo do escritor Alexandre Dumas (autor de O colar de veludo, entre outros). Muito cedo Alexandre filho tornou-se observador da sociedade da época. Em 1842 conheceu a famosa cortesã, Marie Duplessis, de quem tornou-se amante e com quem rompeu em1845.