No presente volume, Lula oferece um testemunho íntimo e profundo de seu trabalho na interseção entre arte e terapia, simultaneamente como um artista que traz a criação ao domínio dos cuidados psiquiátricos e como um terapeuta que expande a genealogia da psiquiatria e da criação que está no cerne da estética modernista brasileira (mais sobre
isso adiante).3 Por meio da produção do que chama de «zonas híbridas», ele ativamente
borra as categorias do que é e não é arte, do que é clínico e do que não é clínico. Ao mesmo
tempo, ele fornece depoimentos em primeira mão de seu uso dos Objetos Relacionais de Lygia Clark como parte de sua prática terapêutica expandida.
Kaira M. Cabañas (org.)