(Jogos Vorazes #0.5) A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

Acredito que a ideia da Suzanne Collins não era contar a história do Snow, ou como foi a sua época enquanto fazia parte da mentoria de uma edição dos jogos vorazes. Também não era falar sobre a Lucy Gray, ou quem ela foi, mas sim mostrar mais uma vez como o mundo é uma grande bola de neve de hipocrisia e de como tudo que é bom ou de boa ação pode virar algo ruim com ou sem a intenção de torná-las ruins. MAS mesmo assim, pra tratar desses assuntos, ela se propôs a trabalhar conjuntamente com o passado de Snow e acho que esse enredo vai ficar sempre como um grande incerteza pra mim, em vários aspectos. Entendi muitas mensagens, mas mesmo assim acho que ficou bastante fraco a motivação dele pra se tornar o que tornou. Ao mesmo tempo que todas as críticas mostradas por volta da sua vida, são totalmente válidas. A mensagem de que a questão do "sobrevive os mais fortes" e que quanto mais convivemos com alguém, você fica a mercê, de certa forma, acabando sendo um espelho dela, está presente. E ela fez um ótimo trabalho em todas as minúcias mas a forma como a vida especificamente dele é fraca, é um fato. Ainda que eu ache que muito detalhes foram feito de um jeito majestoso. Você consegue achar a diferença entre essa prequel com a trilogia original, o que para alguns pode ser positivo, pra outros é negativo.
Ela segue sendo uma excelente escritora, o modo que mencionei na review passada, sobre pegar as críticas sociais e colocar de forma perfeita em um livro que você consegue se apegar com os personagens e que é escrito de uma forma tão familiar, continuou sendo um dos maiores pontos positivos dela. Tô ansiosa pra ler "O Amanhecer da Colheita".