“A vida real”, estreia de Adeline Dieudonné na ficção, pode ser lido como uma uma fábula moderna sobre crescer num ambiente violento e opressor. A jovem narradora passa seus dias brincando entre carcaças de carros velhos, junto de seu irmão, para fugir da própria realidade de um pai caçador-predador e de uma mãe submissa. A música do caminhão de sorvete parece ser a única coisa leve que os rodeia, até que um terrível acidente muda completamente o rumo de suas vidas. A obra da escritora belga foi traduzida em mais de 20 línguas, recebeu em 2018 o Prêmio Renaudot des Lycéens, o Prêmio Rossel e o Prêmio Filigranes, além do Grande Prêmio das Leitoras ELLE em 2019.