Livros
Anselm Jappe

A sociedade autofágica

O mito de Erisícton nos fala de um rei que se devorou porque nada satisfaria sua fome, punição divina por ultrajar a natureza. A partir dessa metáfora potente, Anselm Jappe analisa o que chama de «pulsão de morte do capitalismo»: uma explosão de violência extrema gerada pela perda de sentido e pela negação dos limites, características de uma sociedade regida pela mercantilização. Para tanto, Jappe propõe retomar o diálogo com a tradição psicanalítica e desistir da ideia, forjada pela razão moderna, de que o sujeito é um indivíduo livre e autônomo; ao contrário, é fruto da internalização das restrições impostas pelo capitalismo e portador de uma combinação letal entre narcisismo e fetichismo da mercadoria. Neste contexto, «desenredar os infinitos fios da meada que leva os indivíduos a colaborar — em diversos graus — com o sistema que os oprime» seria a palavra de ordem para uma verdadeira «mutação antropológica», capaz de reinventar a felicidade, livre das categorias capitalistas.
379 páginas impressas
Detentor dos direitos autorais
Bookwire
Publicação original
2021
Ano da publicação
2021
Ilustrador
breno
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