Quantas vezes você já se questionou sobre o sentido do que está fazendo? Até que ponto o seu trabalho está alinhado ao seu propósito? É possível conciliar vida profissional e pessoal? Em Eu e minha mãe nas montanhas, o autor Patrick Santos relata um episódio vivido com sua mão em meio sua jornada de reinvenção. Patrick Santos assumiu a responsabilidade de governar o próprio destino, tirou um ano sabático para refletir e mergulhou no autoconhecimento. Diferentemente do que acontece em uma partida de futebol, na vida não há um juiz para apitar o fim do primeiro tempo, com intervalo para analisar e rever táticas de jogo. Para Patrick Santos, coincidentemente, o apito aconteceu aos 45 anos de idade: hora em que resolveu descer ao vestiário. A obra é uma demonstração de coragem e abre portas para uma nova discussão. No período sabático, livros e viagens foram grandes companheiros que permitiram renovar a forma como o escritor enxergava a vida. Nesse tempo, Patrick também aproveitou para se aproximar da mãe e, em um capítulo emocionante, conta sobre quando conheceu o pai, aos quarenta anos. Criado pela avó, a quem não economiza as palavras de carinho, o autor relata, também, o quanto a ausência do pai marcou a sua vida: «Amadureci e me tornei um homem forte e destemido por fora, mas por dentro continuava o menino consumido por um vazio existencial sem tamanho. A ausência do meu pai me constituiu», descreve Patrick Santos. «Na pausa do jornalista, nasceu um escritor. Nos dois vejo a mesma generosidade e a mesma coragem. Sugiro ao leitor que mergulhe nessas páginas com a mesma bravura do Patrick. Tenho a certeza de que cada um, a partir da trajetória do autor, sairá ao final mais conhecedor da própria história», escreve Vera Magalhães no prefácio da obra. O distanciamento da rotina fez com que Patrick conseguisse olhar para si e para a realidade sob um novo prisma. Ao contrário de muitas histórias de superação, o livro não fala de uma mudança radical de carreira, mostrando que é possível se reinventar e pensar em novos projetos na mesma área de atuação. "(…) pude conhecer uma estrada onde as inovações tecnológicas descortinam um novo mercado de trabalho, que já está a pleno vapor. É por ela que eu quero caminhar, aprendendo novas linguagens com os jovens do século XXI e compartilhando com eles o conhecimento que acumulei até aqui", escreve Patrick. Balanceando história profissional e pessoal, o autor traz às mãos do leitor páginas recheadas de questionamentos e lições que mostram a necessidade do hábito de refletir sobre a própria vida, além de estimular a mudança e o desenvolvimento pessoal. Agora, ele segue para o segundo tempo.