A intensificação indevida da sensorialidade, que ocorre na mente, pode representar uma catástrofe para o desenvolvimento do espírito. Quando a sensorialidade rege o comportamento, o ser humano não ultrapassa certos limites e, frequentemente, é envolvido pela destrutividade.
Mas a consciência dessa situação pode conduzir a modificações essenciais na interioridade. Então, facilita o surgimento de espaços amplos e abertos, mobilidade, imagens artísticas, silêncio e perplexidade, entre outros aspectos Tais experiências dirigem-se a um alargamento global do espaço mental, necessário ao aperfeiçoamento do processo de humanização.
É o horizonte do “homem novo”, cuja expressão aponta para uma mudança global do nível de consciência. Não se trata, porém, do homem do neoliberalismo, do pós-modernismo, do exoterismo ou da ultratecnologia. Ele potencializa habilidades que estão contidas no homem moderno, mas prioriza o resgate da interioridade sensível, profunda e alargada.