Johann Wolfgang von Goethe

Doutrina das cores

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A filosofia do século XVII, nas suas versões racionalista e empirista, com o corte que fazem entre qualidades primárias e secundárias, não podia ver as cores como problema do pensamento. A natureza pouco misteriosa das cores era perfeitamente analisável no campo da Física ou da Óptica. Já no século XVIII, com Hume, as cores parecem constituir-se numa bizarra exceção às leis associativas que constroem o mundo da experiência. E, em nosso século, Witt genstein chegará à ideia (incompreensível do ponto de vista clássico) de uma lógica das cores.
Nessa história da concepção das cores, a Doutrina de Goethe, (a que o leitor brasileiro tem agora acesso na tradução de Marco Giannotti) ocupa um lugar crucial. Pertencendo ao gênero peculiar da Naturphilosophie (que seria privilegiado pelo Romantismo Alemão), a Doutrina das Cores contrapõe-se a uma perspectiva estritamente físico-matemática, sugerindo que a óptica de Newton é cega para as cores. Goethe pretende fazer obra científica, mas sobretudo, redescobre a cor como fenômeno da experiência vivida — essa experiência cuja “verdade” só emerge de maneira pura com a pintura. Não se trata mais de uma física da luz e não se trata ainda de uma lógica das cores. Talvez pudéssemos dizer — com o risco de algum anacronismo — que, com este grande clássico da literatura e da filosofia, se esboça, pela primeira vez de forma sistemática, uma fenomenologia do visível.
Este livro está indisponível
192 páginas impressas
Publicação original
2018
Ano da publicação
2018
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Citações

  • Mikifez uma citaçãohá 3 meses
    Minha pesquisa sobre o fenômeno cromático se estende até hoje, seja na prática da pintura, seja como professor do Departamento de Artes Plásticas da Universidade de São Paulo. Em 2009, surgiu o grupo de estudos cromáticos do departamento de Artes Plásticas da USP, onde sou professor desde 1998. Participam deste grupo alunos de graduação e pós--graduação, bem como professores de universidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, que estudam a cor nas suas diferentes práticas: arquitetura, fotografia, cinema, partilhando experiências em um mudo contemporâneo onde as diferentes áreas de conhecimento estão continuamente sendo revistas. De fato, a empreitada iluminista de Goethe em buscar uma teoria geral para o fenômeno da cor é algo cada vez mais distante. Resta, sobretudo

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