Esta obra — Ciberjornalismo — visa conceituar e caracterizar o fazer jornalístico para a internet, para o ciberespaço. Busca justificar a terminologia escolhida em função de pesquisas que propõem a adoção de um campo semântico para as práticas no universo digital interconectado. Desde o contexto e evolução do jornalismo na internet, sistematiza características diferenciadoras de uma modalidade jornalística que se fundamenta na produção de narrativas interativas associadas a sistemas automatizados com uso de banco de dados. propõe como um dos diferenciais desta prática a flexibilização dos limites de tempo e espaço como fator de produção e a utilização de ferramentas automatizadas no processo de produção. A análise do processo de produção jornalístico neste trabalho se insere no campo de estudo das teorias construcionistas no sentido propositivo de estabelecer senso e fundamento das práticas profissionais. O processo de produção para o ciberjornalismo é compreendido como apuração, produção — que passa a se estruturar em composição, edição e publicação — e circulação dos conteúdos. Assim, analisa, propõe e sistematiza dinâmicas de trabalho para as redações jornalísticas e apresenta ideias de possíveis sistemas integrados para a publicação de conteúdos ciberjornalísticos. Uma das grandes questões abordadas nesta obra e que parecem acompanhar profissionais e estudantes é «se estamos mediante um meio onde todos podem publicar informações com tamanha facilidade, o que diferencia e caracteriza o fazer jornalístico?». A perspectiva adotada é que esta modalidade jornalística é herdeira de uma prática que vem sendo sistematizada de forma conjunta à industrialização mundial, e tem nas especificidades de seu processo de produção, com: a) apuração; b) produção e c) circulação, o grande diferencial.