Viver uma vida feminista

li textos de feministas negras e feministas de cor, incluindo Audre Lorde, bell hooks e Gloria Anzaldúa. Eu ainda não havia lido nada delas. Essas obras me sacudiram. Tratava-se de escritos cuja base de conhecimento era fornecida por uma experiência de poder vivida no corpo

Quando li a obra de Audre Lorde pela primeira vez, senti como se uma tábua de salvação fosse estendida a mim

academia é minha casa, estou trabalhando nela, então a linguagem acadêmica é uma de minhas ferramentas

ma feminista torna-se ela, mesmo que já a identifiquem como ela, quando ouve nessa palavra uma recusa do ele, uma recusa de que ele prometa sua inclusão. Ela toma a palavra ela e a torna sua

importa onde encontramos o feminismo;
importa em quem encontramos o feminismo

Não há garantia de que, ao lutar por justiça, nos comportaremos de um modo justo

Em vez disso, o que sugiro é que o feminismo é lição de casa porque temos muito a fazer devido a não nos sentirmos em casa no mundo

LIÇÃO DE CASA
O feminismo é uma lição de casa.

Em outras palavras, a lição de casa é o trabalho que fazemos por nossa casa e em nossa casa. Fazemos trabalhos domésticos. O trabalho doméstico feminista não se limita apenas a limpar e a manter uma casa. O objetivo do trabalho doméstico feminista é transformar a casa, reconstruir a residência senhorial

Diante de tais fenômenos, a inadequação de nosso entendimento nos devolve constantemente à casa. É aqui que encontramos e reencontramos os limites do pensamento. É aqui que podemos sentir esses limites. Encontramos algo que não podemos resolver. Podemos ser mandadas de volta para casa pela inadequação do que sabemos. E podemos trazer o que sabemos de volta para casa