Amor entre espécies, mulheres poderosas, conflitos raciais e de gênero, criaturas horripilantes, pactos demoníacos, tráfico de drogas, inteligência artificial, caos, dialética, greve geral, violência policial e estado de exceção são alguns dos elementos que aparecem em Estação Perdido, considerada a obra-prima do inglês China Miéville. Publicado originalmente em 2000, o livro foi vencedor dos prêmios Arthur C. Clarke e da British Fantasy Society, consolidando o autor como um dos principais nomes da literatura de gênero no século XXI.
Na cidade de Nova Crobuzon, habitada por humanos, mutantes e raças arcanas, conhecemos o cientista Isaac, obcecado por suas pesquisas pouco ortodoxas e apaixonado pela artista Lin, com quem mantém uma relação interespécie em segredo. A rotina do casal é subitamente virada de cabeça para baixo quando Isaac recebe a visita de Yagharek, um ser meio humano e meio pássaro que lhe pede ajuda para voltar a voar após ter as asas cortadas em um julgamento que culminou em seu exílio. Enquanto isso, Lin recebe um convite misterioso e tentador de uma influente figura do submundo. A partir daí não só a vida dos dois, mas de toda a cidade, é chacoalhada pelo turbilhão de acontecimentos posteriores.
«Prepare-se para uma das leituras mais fascinantes de todos os tempos. Uma história que nos faz refletir sobre a natureza da cidade, da sociedade e da eterna luta por um futuro mais justo. Visite Nova Crobuzon e descubra os segredos que se escondem em suas ruas, onde a linha entre o real e o fantástico é tênue», escreve Fabio Kabral no texto de orelha.
