«A celebração do indivíduo» estuda de modo original o pensamento batista no Brasil. Depois de de vários anos de pesquisa e ter apresentado seu trabalho como tese num programa de Doutorado em Filosofia, o autor propõe que mais importante que o papel dos Estados Unidos é o da Inglaterra que produziu os separatistas, grupo formado por diversos grupos, um deles vindo a receber depois o nome de Batista.
O livro mostra a eclosão da Reforma Protestante e do nascimento do liberalismo filosófico, de que os batistas são seguidores e mentores. A competência do individuo para crer e pensar era algo novo. E esta convicção nunca faltou ao movimento batista.
Sempre baseada em farta documentação, Israel Belo de Azevedo começa descrevendo o nascimento dos batistas na Inglaterra. Depois mostra seu extraordinário desenvolvimento nos EUA. Então, chega ao seu objetivo, que é descrever os passos dados pela denominação no Brasil. Para tanto, usa autores que escrevem para as igrejas, declarações de fé e hinos. O resultado deixa evidente que nos três países a identidade teológica, alinhada com o liberalismo filosófico (que não deve ser confundido com o teológico do século 18), aquele que afirma a autonomia do indivíduo.