Não é recente a preocupação da sociedade frente aos temas próprios da bioética e respectivas normas jurídicas que neles incidem. Vivemos tempos que, a mais e mais, percebe-se o auxílio irrecusável que o binômio Biodireito/Bioética promove como eixo norteador, na tentativa de solucionar dilemas que a vida em sociedade apresenta. Assim, a despeito do nível de formação técnica ou prosperidade econômica de cada grupo social, resta explícito que não basta, que não é suficiente, o cientificismo que parece perquirir o cidadão moderno, este Cristo da tecnologia.
De fato, aspira-se por respostas a situações que o prisma majoritariamente científico não soluciona. Carece-se de valores, de princípios, de sensibilidade social que rastreie o desiderato comum a qualquer humanismo: a busca da felicidade e da paz social.
Neste cenário, em boa hora o grupo de autores de "Ética, violência e a garantia de Direito à saúde" se debruçou sobre temas que percorrem situações tão corriqueiras quanto caras a vida hodierna — notadamente na seara das Ciências da Saúde em face da escalada de conflitos e intimidações sociais, além dos normativos deontológicos aplicáveis em diversas conjunturas.