Livros
Florbela Espanca

A mensageira das violetas

Nascida em 8 de dezembro de 1894, na região do Alentejo, Florbela Espanca — cujo nome de batismo era Flor Bela Lobo — é fruto de uma relação extraconjugal entre João Espanca e Antônia da Conceição Lobo, que a registrou como «filha de um pai incógnito». Com a morte prematura da mãe, passou a ser criada pelo pai e a esposa, Mariana do Carmo Toscano. O reconhecimento como filha legítima só veio após a morte da madrasta. Com 18 anos, Florbela iniciou o ensino secundário, sendo uma das primeiras mulheres a estudar, o que configurava um escândalo para a sociedade da época. Após se casar, a poeta decide voltar a estudar e ingressa a Faculdade de Direito de Lisboa — era uma das 14 mulheres entre 347 estudantes homens. Não foram apenas os estudos que tornaram Florbela uma mulher à frente do seu tempo. Em 1921, ela se apaixonou por António Guimarães e decide, então, pedir o divórcio a Alberto, primeiro marido (ela se divorciaria, depois, de Antônio também). Embora o ato tenha sido completamente condenado pela sociedade, Florbela não se importou; não queria seguir os mesmos passos da mãe, pois estava mais interessada em buscar a própria felicidade. Morreu aos 36 anos, de uma overdose de barbitúricos, deixando uma obra da mais alta qualidade literária.
27 páginas impressas
Detentor dos direitos autorais
Bookwire
Publicação original
2020
Ano da publicação
2020
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