O livro do João Freitas adequa-se a um tempo em que as pessoas não tem mais tempo para poemas longos, justificada pela pressa em que se vive hoje em dia. A concisão é a marca da pós-modernidade.
O poeta é um homem do seu tempo, e o João mostra-se antenado com as mazelas do mundo em que vive, numa época em que as mudanças climáticas ameaçam nosso planeta. A sua poesia, além de amor e cotidiano, é um reflexo de sua consciência ecológica, do seu envolvimento com as questões ambientais. Não cruza os braços,
diante do planeta ameaçado pela mão do homem.
Defendo, portanto, que a poesia poderá servir para alguma coisa, quando a reflexão resultar numa mudança de consciência.
Como disse William Soares: “A poesia não resolve, revolve”. E esta é a proposta do livro Vida & Alma do João Freitas.
