Antònia Vicens faz surgir neste livro a simbologia do cavalo — um animal de poder que representa a força interior, a liberdade de espírito e a clarividência, além de também estar ligado ao fogo e à água, ao destruidor e ao triunfante, ao nutriente e ao asfixiante. Em Todos os cavalos, esse animal de poder vai galopando pelas entranhas da terra ou pelos abismos do mar, tendo os versos de Antònia Vicens como espaços para ecoar fragmentos de um inconsciente. Este livro é uma jornada poética pela psique humana, com histórias e memórias ocultas. É um desvendar-se por meio de versos curtos e palavras-chave que vão construindo e desconstruindo esse imaginário humano e poético, conduzindo o leitor a mundos e submundos do humano que está sempre a caminhar na linha tênue da obscuridade e da clareza, da vida e da morte, chegando a um desfecho que não segrega, mas agrega esses universos.