Esta fábula aparentemente singela reflete sobre temas que marcaram o século XX.
A vida é dura para os animais da Fazenda do Solar. Dia após dia, faça chuva ou faça sol, o trabalho é incessante. Sobre o lombo, o chicote. Sob as patas, a humilhação. Até o instante em que esses animais, liderados pelo porco Major, organizam-se num motim para expulsar seus algozes de duas pernas. No lugar do jugo humano, uma comunidade de bichos baseada sobretudo na igualdade. Caberá aos animais, dentro de suas limitações, entender o que tal “igualdade” significa.
Publicado pela primeira vez em 1945, A revolução dos bichos é uma alegoria simples, mas nunca simplista, sobre o poder autoritário e as boas intenções que (sempre) o justificam, e uma crítica sobre o trabalho que, mesmo remunerado, pode escravizar e alienar.