'A origem das espécies' já foi definido como o livro mais influente depois da Bíblia. Se esta hipótese peca pelo exagero, certamente vai a um ponto fundamental, já que o clássico indiscutível de Darwin sem dúvida alguma mudou a forma de se ler a Bíblia. Até Darwin sistematizar, no livro publicado em 1859, as idéias de origem comum para as espécies — que já vinham sendo defendidas por outros naturalistas — de variação lenta e gradual que chegaria a criar novas espécies e de seleção natural, a teoria dominante defendia a criação independente de todas as espécies de seres vivos que conhecemos, justamente como a Bíblia defende. Depois de Darwin, tudo isso mudou. A teoria defendida por Charles Darwin no livro, publicado em 1859 a partir das informações coletadas por ele durante sua viagem no Beagle, que percorreu o mundo entre 1831 a 1836, passando até pelo Brasil, tornaram-se a teoria dominante da moderna biologia. Uma de suas idéias, a da seleção natural, transcendeu as ciências naturais para invadir as humanas, e pode ser encontrada, até hoje, em tratados de economia.