Livros
Alexandre Azevedo

A rainha do Quariterê

O romance A rainha do Quariterê é narrado em primeira pessoa por um escravo que foge para viver no Quilombo do Piolho, no século XVIII. Ele é o responsável por contar a história de José Piolho e principalmente de Tereza de Benguela e o sistema de vida dentro do quilombo. O romance valoriza principalmente as mulheres do quilombo, vistas pelo narrador-personagem como mulheres fortes e determinadas, ao ponto de considerá-las “bruxas” pelos dons e certos «feitiços” que fazem. Tereza é a rainha, admirada por todos, não só pelos que vivem no quilombo, mas também pelos moradores das redondezas. Ela é considerada a única e legítima rainha em terras brasileiras (nem mesmo Carlota Joaquina fora rainha), numa crítica ao nome dado à comunidade após a dizimação do quilombo, Aldeia Carlota.
"Às vezes pergunto só por perguntar. O sinhô responde se quiser. Se achar que deve. O branco tem todo direito de ter rainha. Mas rainha de preto foi Tereza. A rainha Tereza. Rainha de branco foi Carlota. Mas não foi minha rainha."
Mulheres como Ondina, Corina, Vilu, Januária, Margarida, Gertrudes, Guacira, e além do narrador, homens como Quincas, Domingos e Andira, compõe este romance escrito em um só paragrafo. Em mais de 180 páginas, o autor Alexandre Azevedo não oferece nenhum segundo para o leitor respirar.
O romance mostra também os ataques ao quilombo, o seu poder de defesa, a dor dos escravos nas minas de Mato Grosso, e os ais de dores escutados na praça de Vila Bela da Santíssima Trindade dos escravos castigados após as invasões ao quilombo.
239 páginas impressas
Detentor dos direitos autorais
Bookwire
Publicação original
2021
Ano da publicação
2021
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