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Gilles Deleuze e Félix Guattari

  • John Lorezfez uma citaçãohá 6 meses
    Ele não vive a natureza como natureza, mas como processo de produção. Já não há nem homem nem natureza, mas unicamente um processo que os produz um no outro e acopla as máquinas. Há em toda parte máquinas produtoras ou desejantes, as máquinas esquizofrênicas, toda a vida genérica: eu e não-eu, exterior e interior, nada mais querem dizer.
  • John Lorezfez uma citaçãohá 6 meses
    Esta relação distintiva homem-natureza, indústria-natureza, sociedade-natureza, condiciona, na própria sociedade, a distinção de esferas relativamente autônomas que chamaremos de “produção”, “distribuição”, “consumo”. Mas este nível de distinções gerais, considerado na sua estrutura formal desenvolvida, pressupõe (como Marx mostrou) não só o capital e a divisão do trabalho, mas também a falsa consciência que o ser capitalista tem necessariamente de si e dos elementos cristalizados do conjunto de um processo. É que, na verdade — na ruidosa e obscura verdade contida no delírio — não há esferas nem circuitos relativamente independentes: a produção é imediatamente consumo e registro, o registro e o consumo determinam [10] diretamente a produção, mas a determinam no seio da própria produção.
  • John Lorezfez uma citaçãohá 6 meses
    Assim, a indústria não é mais considerada numa relação extrínseca de utilidade, mas em sua identidade fundamental com a natureza como produção do homem e pelo homem.
  • John Lorezfez uma citaçãohá 6 meses
    o olho interpreta tudo em termos de ver — o falar, o ouvir, o cagar, o foder... Mas sempre uma conexão se estabelece com outra máquina, numa transversal em que a primeira corta o fluxo da outra ou “vê” seu fluxo ser cortado pela outra.
  • John Lorezfez uma citaçãohá 3 meses
    E já sabemos o que é esta filiação intensiva, esta disjunção inclusiva na qual tudo se divide, mas em si mesmo, e na qual o mesmo ser está em toda parte, de todos os lados, em todos os níveis, apenas com diferenças de intensidade.
  • John Lorezfez uma citaçãohá 3 meses
    , ela é forçada a postular uma preexistência parental (o filho só o é em relação a um pai e a uma mãe). É o que se vê muito bem na fixação original de um pai da horda. O próprio Édipo nada seria sem as identificações dos pais com os filhos; e não se pode esconder que tudo começa na cabeça do pai: é isso que você quer, matar-me, fazer sexo com sua mãe
  • John Lorezfez uma citaçãohá 3 meses
    O que o filme mostra tão bem, para vergonha dos psiquiatras, é que todo delírio é, primeiramente, investimento de um campo social, econômico, político, cultural, racial e racista, pedagógico, religioso: o delirante aplica à sua família e ao seu filho um delírio que os excede por todos os lados.
  • John Lorezfez uma citaçãohá 3 meses
    Um filme de Nicholas Ray representa supostamente a formação de um delírio com cortisona: um pai excessivamente cansado, professor de colégio, que faz horas extras numa estação de rádio táxi, é tratado por ter perturbações cardíacas. Ele começa a delirar sobre o sistema de educação em geral, a necessidade de restaurar uma raça pura, a salvação da ordem moral e social, passando depois à religião, à oportunidade de um retorno à Bíblia, Abraão.
  • John Lorezfez uma citaçãohá 3 meses
    é evidente que não há um único delírio que não possua eminentemente esse caráter, e que não seja originalmente econômico, político etc., antes de ser esmagado pelo torniquete psiquiátrico e psicanalítico.
  • John Lorezfez uma citaçãohá 3 meses
    os investimentos sociais são primeiros em relação aos investimentos familiares, que nascem tão somente da aplicação ou do assentamento daqueles. Dizer que o pai é primeiro em relação ao filho é, na verdade, dizer que o investimento do desejo é, [327] primeiramente, o de um campo social no qual o pai e o filho estão mergulhados, simultaneamente mergulhados.
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