Lewis Carroll

“e para que serve um livro”, pensou Alice, “sem imagens nem diálogos?”

“Bem!” – pensou Alice consigo mesma – “Depois de uma queda como essa, eu não devo mais me preocupar em tropeçar das escadas! Como todos irão me achar corajosa lá em casa! Bem, eu não diria nada sobre isso, mesmo se caísse do telhado da casa!”

Caindo, caindo, caindo. A queda nunca chegaria ao fim? – “Me pergunto quantas milhas eu caí nesse tempo?” – falou em voz alta – “Eu devo estar chegando a algum lugar perto do centro da Terra. Deixe-me ver: isso seria seis mil quilômetros para baixo, eu acho” –

Às vezes, Alice se repreendia de maneira tão dura que chorava.

quem, neste mundo, eu sou? Esse é o enigma!

quem, neste mundo, eu sou? Esse é o enigma!

Devo ter virado a Mabel.

“Quem é que eu sou? Respondam isso primeiro e, se eu quiser ser a tal pessoa, subo. Senão, fico aqui até que eu me transforme em outra”.

Maluca — disse o Camundongo, levantando-se e indo embora. — Você me insulta dizendo essas bobagens!

— Alice, sua burra! — respondeu para si mesma.