Livros
André Dutra

A Vida em Comum

A crise política que se tem vivido no Brasil nas últimas décadas atingiu também o Poder Judiciário e o STF, e isso é muito grave: a perda de confiança nas decisões proferidas pela mais alta Corte judicial de um país abala toda a estrutura política do Estado. Crises tendem a gerar questionamentos; crises profundas, questionamentos profundos. Nestes contextos, ganham força indagações acerca do que obriga ao cumprimento das leis. Pense-se na recente queda de braço entre o STF e Elon Musk, no caso “X” (Twitter), em que muitos adotaram a defesa deste último, inclusive como elemento de deslegitimação do primeiro.
Mas o que legitima a autoridade que impõe o cumprimento das leis?
Esse é o problema enfrentado neste livro que analisa, a partir dos constructos teóricos arendtianos, os fundamentos ideativos do Estado Moderno, conforme elaborações contratualistas de Hobbes, Locke e Rousseau.
A reflexão tem origem na desconfiança em relação ao emprego do contrato social como metáfora da constituição dos corpos políticos. Desconfiança tanto em relação aos fundamentos desse contrato — que jazem ocultos à compreensão de muitos — quanto às implicações, decorrentes de tal emprego, para o modo como as pessoas estabelecem suas relações recíprocas.
Argumenta-se que os fundamentos destas teorias — autointeresse, individualismo, autonomia da vontade etc. — não são capazes de criar autoridade política e, além disso, são os principais fatores catalisadores das crises políticas.
325 páginas impressas
Detentor dos direitos autorais
Bookwire
Publicação original
2024
Ano da publicação
2024
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